domingo, 29 de março de 2009

Notícias


As zonas de vertente, sobretudo quando o seu declive é mais acentuado, são locais onde fenómenos, tal como a erosão, podem ser mais rápidos e mais intensos. A erosão das vertentes, ou a forma como elas se vão modificando, deve-se essencialmente a dois tipos de causas naturais: -a erosão hídrica, essencialmente provocada pela água das chuvas;
-os movimentos de terrenos, também designados movimentos em massa.
No primeiro destes dois tipos, estamos perante uma situação em que a erosão se processa de uma forma mais ou menos lenta e gradual, em consequência do desgaste dos solos provocado pelo impacto das gotas de chuva e pelo escoamento das águas ao longo das vertentes. Os materiais arrancados às vertentes são, quase sempre, em pequena quantidade e de pequenas dimensões.
Exemplo :
Na madrugada de 31 de Outubro de 1997 registaram-se em toda a ilha de São Miguel, com particular incidência nos concelhos da Povoação e do Nordeste, cerca de 1000 movimentos de massa, após um período de chuvas intensas. Estes provocaram a destruição de habitações e pontes, afectaram sistemas de comunicação, de transporte de energia e soterraram extensas superfícies de terrenos agrícolas. A área mais afectada foi a da freguesia de Ribeira Quente, que ficou isolada por mais de 12 horas e onde 29 pessoas perderam a vida.
Separata Açores, n.° 16, 2003 (adaptado)
Informação retirada do site de Miguel Correia.

Novo ciclo geológico da Terra pode estar a começar junto à Península Ibérica
Os vulcões existentes em Portugal continental estão extintos mas o planeta pode estar a entrar num novo ciclo geológico, com uma zona de subducção a sudoeste da Península Ibérica, e a actividade vulcânica não está excluída. "Com base na distribuição dos sismos, há quem diga que podemos estar a entrar num novo ciclo geológico, que poderá ter como consequência o vulcanismo", afirmou o geólogo José Francisco à agência Lusa.

As rochas mais velhas da Terra
Geólogos americanos e canadenses descobriram rochas fossilizadas com 3,96 bilhões de anos de idade.
O movimento das placas tectônicas e a erosão provocada pela chuva e o vento praticamente apagaram a memória da Terra: restam raros materiais antigos na superfície para contar a história dos primórdios do planeta. Recentemente, geólogos americanos e canadenses descobriram verdadeiros fósseis minerais nas tundras no noroeste do Canadá, que podem fornecer dados valiosos sobre aqueles primeiros tempos. Datadas em 3,96 bilhões de anos, essas rochas são consideradas as mais antigas da crosta terrestre e por isso mesmo surpreenderam os cientistas. Elas são rochas graníticas, portanto muito complexas para um período de estruturação do planeta. Segundo o geofísico Igor Pacca, da Universidade de São Paulo, "a existência dessas rochas há quase 4 bilhões de anos pode significar que a crosta se formou mais rapidamente do que imaginávamos".

Fonte:http://super.abril.com.br/superarquivo/1990/conteudo_111913.shtml

Vulcões causaram aquecimento há 55 milhões de anos

O aquecimento sofrido pela Terra há 55 milhões de anos foi causado por erupções vulcânicas na Groenlândia e na região ocidental das Ilhas Britânicas, indica um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista Science. A atividade vulcânica ocorreu durante a chamada "máxima térmica Paleoceno-Eoceno" (PETM, em inglês) que causou um aumento de 5°C nos trópicos e de mais de 6°C no Ártico.
As conclusões são de cientistas do Centro de Oceanografia e Ciências Atmosféricas da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos. Segundo os geólogos, as erupções e a contaminação atmosférica resultante causaram o que é chamado de "emergência planetária". Houve um aumento da temperatura na superfície marinha, e os oceanos se tornaram mais ácidos, o que causou a extinção de muitas espécies.
O estudo é importante porque documenta a reação do planeta à liberação de grandes quantidades de gases poluentes na atmosfera. Outro fato de destaque é que a pesquisa correlaciona, definitivamente, um importante acontecimento vulcânico com um período de aquecimento global, segundo os cientistas.
Considera-se que os gases que causam o efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), atualmente produzidos pela atividade industrial, entre outras, são os componentes principais da poluição e do aquecimento global que o planeta está vivendo. "Sem dúvida, as erupções e o aquecimento global estão vinculados, e o fenômeno constitui uma analogia para o que ocorre hoje", explicou Robert Duncan, um dos autores do estudo.
"Vestígios do aquecimento foram encontrados em resíduos marítimos, assim como evidências geológicas de que as erupções ocorreram ao mesmo tempo. Mas até agora não tinha sido criado um vínculo direto entre os fenômenos", disse o cientista. Duncan também afirmou que, em alguns lugares do planeta, o aquecimento foi muito rápido, e, em outros, muito lento, "como está acontecendo hoje".
A ligação entre a atividade vulcânica e o aquecimento global surgiu da correlação dos registros fósseis examinados pelos cientistas, segundo o relatório da pesquisa. O PETM se caracterizou por enormes mudanças na composição carbono-isotópica dos oceanos e pela corrosão das camadas de plâncton, assim como pela extinção de alguns organismos do fundo dos oceanos.
Os cientistas também relacionaram o PETM à separação física da Groenlândia e do continente europeu - que formavam um só bloco - por meio da análise das camadas de cinzas depositadas quando houve as erupções vulcânicas.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1577354-EI8278,00.html

sábado, 28 de março de 2009

Diversidade de rochas

Tipos de cristais
Um cristal é um sólido homogéneo de matéria mineral, que sob condições favoráveis de formação, pode apresentar superfícies planas e lisas, assumindo formas geométricas regulares.
Cristal euédrico- mineral totalmente limitado por faces bem desnvolvidas.
Cristal subédrico- mineral apresenta faces parcialmente bem desenvolvidas.
Cristal anédrico- mineral não apresenta qualquer tipo de faces.
Classificação
As principais características que permitem classificar e distinguir as rochas magmáticas são a textura, a cor e a composição mineralógica e química.


As características das rochas magmáticas são influenciadas pelos seguintes factores:
Composição do magma- influencia a composição química e mineralógica das rochas e a cor que apresentam.
Condições em que ocorre a génese- influencia a textura das rochas formadas. Um arrefecimento lento, em profundidade, conduz à formação de rochas com textura fanerítica, com cristais visíveis a olho nu. Pelo contrário, um arrefecimento rápido, à superfície, não dá tempo para a matéria cristalina se organizar e leva à formação de rochas com textura afanítica




Imagem retirada do cientic
Os fedspatos potássicos só existem em certas familias. São caracteristicos da familia dos granitos, tendo uma representatividade quase insignificante em algumas familias, como na do diorito, e desaparecendo nas rochas melanocratas. As plagioclases encontram-se em todas as rochas magmáticas, embora se verifique um predominio dos termos mais sódicos nas rochas leucocratas.
A tonalidade geral das rochas vai variando, pois está relacionada com a composição quimica. Quanto mais abundantes forem os minerais ferromagnesianos, mais escuras são as rochas, como é o caso dos gabros e dos basaltos. (duas outras familias)

Nas diversas familias existem rochas plutónicas com texturas faneríticas e rochas vulcânicas com com texturas afaníticas.


Diferenciação magmática

A composição do magma, em quase todas as câmaras magmáticas, varia ao longo do tempo. O processo que causa essa variação é a diferenciação magmática. Um dos processos envolvidos na diferenciação magmática é a cristalização fraccionada. Como o magma é formado por uma mistura complexa de substâncias minerais, quando se dá o arrefecimento, minerais começam a cristalizara temperaturas diferentes, numa sequência definida que depende da pressão e da composição do material fundido. A fracção cristalina separa-se do restante líquido, por diferenças de densidade, diferenciação gravítica, deixando um magma residual, de composição diferente do magma original. A sequência termina com a cristalização do quartzo.
Outra causa de diferenciação magmática, esta exterior ao magma, é a assimilação magmática que se explica pelas reacções entre o magma e as rochas envolventes. Se o magma se encontra a uma temperatura superior à do ponto de fusão dos minerais dessas rochas, funde-os e, ao incorporá-los, altera a sua composição.
Imagem retirada do cientic
Segundo Bowen, existem duas séries de reacções que se designam, respectivamente, por série dos minerais ferromagnesianos ou série descontínua e série das plagioclases ou série contínua. Estas séries reflectem fenómenos que ocorrem simultaneamente à medida que a temperatura do magma vai baixando. Durante o arrefecimento do magma, na série descontínua, primeiro formam-se as olivinas, cujo o ponto de fusão mais elevado. Posteriormente cristalizam as piroxenas, depois as anfíbolas e, por fim, a biotite. Simultaneamente, com a cristalização da olivina forma-se a anortite da série contínua. À medida que a temperatura vai diminuindo na rede cristalina da anortite, o cálcio pode ser progressivamente substituído por sódio em todas as proporções, originando a série de plagioclases sucessivamente mais ricas em sódio.

Consolidação de magmas

Isomorfismo e polimorfismo
Durante muito tempo, pensou-se que os minerais ficariam caracterizados pela composição quimica e pela sua estrutura interna, que seria única. Contudo chegou-se à conclusão que isso não se verifica para a totalidade dos minerais.
Isomorfismo-Ocorrência de substâncias minerais com composição quimica diferente e textura cristalina semelhante.
É um caso de um grupo de feldspatos designados por plagióclases, que são silicatos em que os iões de sódio e de cálcio se podem intersubstituir dado serem muito semelhantes.


Imagem retirada do cientic
Polimorfismo-Ocorrência de substâncias minerais com a mesma composição quimica e redes cristalinas diferentes. São os casos do carbonato de cálcio que podem formar dois minerais diferentes, a calcite e a aragonite, e do carbono que pode cristalizar na forma de diamante e grafite, devido à temperatura e à pressão. Para baixas pressões, origina-se a grafite e para altas pressões, origina-se o diamante.
Formação de minerais
Todos os processos de cristalização realizados começam por desagregar as substâncias nas suas partículas constituintes, aquecendo ou dissolvendo, para que essas partículas possam movimentar-se livremente no espaço.
O movimento das partículas depende não só das condições inerentes à própria natureza das substâncias que cristalizam mas também de factores externos.
Os principais factores externos que condicionam a formação de cristais são: agitação do meio em que se formam; o tempo; o espaço disponível; e a temperatura. Quanto mais calmo estiver o meio, quanto mais lento for o processo e quanto maior for o espaço disponível, mais desenvolvidos e perfeitos são os cristais obtidos.
A forma dos cristais é dependente das condições envolventes, mas a estrutura cristalina é constante e independente dessas condições.A estrutura cristalina é formada por fiadas de partículas ordenadas ritmicamente segundo direcções do espaço. Essas fiadas definem uma rede em que existem unidades de forma paralelepipédica que constituem a malha elementar.


A estrutura cristalina implica uma disposição ordenada dos átomos ou iões, que formam uma rede tridimensional que segue um modelo geométrico regular e característico de cada espécie mineral. A interacção das partículas tende a criar uma estrutura ordenada em que as ligações entre elas sejam tão numerosas e fortes quanto possível.
Nos cristais, cada partícula é um átomo que ocupa uma posição de modo a ordenar-se no espaço segundo uma rede própria, ficando depois a oscilar em torno da sua posição de equilíbrio.

Propriedades como a clivagem, condutibilidade calorífica e mesmo as diferenças de dureza verificadas em diferentes direcções numa mesma face de um cristal são facilmente explicadas à luz da teoria reticular. Essas propriedades dependem das forças que ligam as partículas entre si. Um mineral cliva mais facilmente segundo planos ligados por forças mais fracas e estes são sempre paralelos uns aos outros.
Imagem
O estado cristalino constitui a organização normal de todos os corpos sólidos, desde que as condições que as condições ambientais o propiciem.
Por vezes, as partículas não chegam a ocupar posições apropriadas de um arranjo regular, ou seja, não chegam a atingir o estado cristalino. A estrutura fica desordenada, como a dos líquidos. A matéria nestas conduções tem uma estrutura amorfa ou vítrea.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Rochas magmáticas

Diversidade de magmas
A formação de rochas magmáticas estão relacionadas com os limites convergentes e divergentes das placas litosféricas. Estes limites correspondem a regiões onde as condições de pressão e de temperatura permitem a fusão parcial das rochas da crusta e do manto superior, originado magmas-rochas fundidas, ricas em silica, com gases dissolvidos.
Por consolidação desses magmas, são geradas rochas intrusicas, ou plutónicas, e rochas extrusivas ou vulcânicas, conforme o magma consolida, respectivamente, em profundidade ou à superficies.

Em regiões tectonicamente e vulcanicamente activas, o aumento de temperatura com a profundidade é muito rápido, podendo existir temperaturas da ordem dos 1000 oC a 40 km de profundidade., isto é, na base da crusta terrestre. Além das temperaturas elevadas, outras condições podem contribuir para a fusão de materiais constituintes do manto e da crusta, como a diminuição da pressão e a hidratação desses materiais.
Quer a diminuição de pressão resultante do movimento divergente das placas que ocorre nas zonas de rifte quer a diminuição de pressão que se verifica nas plumas térmicas, ao atingirem níveis mais superficiais, conduzem à fusão das rochas, originando magmas.
No caso da fusão por hidratação, a temperatura de fusão das rochas baixa devido à presença de água. A junção de água aos materiais mantélicos desloca o ponto de fusão para temperaturas mais baixas. Assim, o material começa a fundir a uma temperatura inferior àquela em que fundiria na ausência de água. Este processo pode ocorrer nos limites convergentes das placas. Aqui a água é conduzida juntamente com os sedimentos da placa subductada.
Há diferentes tipos de rochas magmáticas. Os nomes dessas rochas baseiam-se na textura e na composição que apresentam. Todas elas provêm de três tipos de magmas: riolítico, andesítico e basáltico.

O magma riolítico origina-se a partir da fusão de rochas constituintes da crusta terrestre continental. Estes magmas tendem a ser muito ricos em gases, porque resultam da fusão das rochas da crusta continental.
Durante a fusão das rochas continentais, os gases concentram-se no magma.
Nos limites convergentes, entre suas placas continentais, a crusta terrestre deforma-se devido à acção de tensões tectónicas, aumentando de espessura com consequente aumento de pressão e também à fusão parcial das rochas da crusta.
Este magma costuma ser viscoso.
Se este magma consolidar em profundidade, origina rochas como o granito e se ocorrer à superfície, forma rochas como os dioritos.

O magma andesítico forma-se nas zonas de subducção e relacionam-se com zonas vulcânicas. A composição dos magmas andesíticos depende da quantidade e qualidade do material do fundo oceânico subductado. Este material inclui água e sedimentos.
A água a temperaturas elevadas e sob pressões variáveis facilita a fusão dos materiais, originando magmas andesíticos com composições diversas.
Se este magma consolidar em profundidade, origina rochas como o diorito e se ocorrer na superfície, origina rochas como o andesito.

O magma basáltico é expelido ao longo dos riftes e dos pontos quentes, originando-se a partir de rochas do manto. O magma resulta da fusão parcial de uma rocha constituinte do magma, o peridotito.
Nas zonas de pontos quentes, ascendem plumas quentes oriundas do manto profundo que ao subirem devido a descompressão podem originar magma.
A viscosidade do magma depende da densidade, da riqueza em sílica, da temperatura e da quantidade de fluidos que contem.
Se este magma consolidar em profundidade, origina rochas como o gabro e se ocorrer na superfície, origina rochas como o basalto.

Escala do tempo geológico

No século XIX, os geólogos, elaboraram uma escala do tempo geológico, ou seja, fizeram um calendário da idade relativa das formações geológicas da Terra. Cada intervalo nesta escala é correlacionado com um conjunto de rochas e fósseis.
A escala do tempo geológico tem várias divisões com diferentes amplitudes. Entre essas divisões, considera-se as Eras, não esquecendo que existem divisões superiores e inferiores às Eras. Por exemplo, acima das Eras existem Eons e as Eras estão divididas em unidades menores chamadas Períodos e estes ainda se subdividem em Épocas.

Há longo tempo que os paleontólogos constataram que em determinados momentos da história da Terra aconteceu um renovamento espectacular da fauna e da flora. Verificaram-se extinções em massa que afectaram grupos inteiros de seres vivos, seguidas de uma expansão e diversificação fascinantes de novas formas. Essas extinções estão relacionadas, muitas vezes, com alterações drásticas no meio, e as causas de muitas delas permanecem como um dos grandes mistérios no meio, e as causas de muitas delas permanecem como um dos grandes mistérios para o cientistas.

O estabelecimento das unidades de tempo geológico baseia-se no registo fóssil e nas caracteristicas evidenciadas pelos estratos. Quanto mais recuadas no tempo, mais inseguras são as divisões do tempo geológico. Provavelmente, essa insegurança relaciona-se com a falta de dados fósseis em boas condições nas rochas do passado.

Aqui está uma tabela sobre o desenvolvimento da vida ao longo do tempo geológico:


terça-feira, 24 de março de 2009

Rochas sedimentares, arquivos históricos da Terra

As rochas sedimentares são normalmente estratigráficas e contêm a maioria dos fósseis. A estratificação reflecte as alterações que ocorrem na Terra e os fósseis contam a história da evolução da Vida e dão informações acerca dos ambientes do passado.


Fósseis e processos de fossilização
Os fósseis são vestigios de seres vivos ou da sua actividade que, num determinado momento da História da Terra, viveram no nosso Planeta. Para que os restantes orgânicos possam conservar-se e cheguem a fossilizar é necessário que, após a morte, o organismo seja rapidamente incluído num material protector, que o preserve dos agentes que iriam provocar a sua decomposição.


A tabela seguinte resume os processos da fossilização:
Os fósseis são particularmente importantes na reconstituição da História da Terra, em relação à cronologia dos acontecimentos, como em relação aos ambientes passados. Os fósseis que permitem datar as rochas ou estratos em que estão presentes designam-se fósseis de idade. Estes fósseis pertencem a organismos que viveram à superficie da Terra, durante um periodo relativamente curto e definido do tempo geológico, e que tiveram uma grande área de distribuição. As trilobites e as amonites são fósseis de idade. Quando os fósseis permitem inferir o ambiente de formação da rocha em que se encontram designam-se fósseis de fácies.


Principios da Estratigrafia na reconstituição dos acontecimentos e dos ambientes da Terra

Uma das caractristicas mais evidentes das rochas sedimentares é a estratificação. Ao limite inferior de um estrato chama-se muro e ao limite superior chama-se tecto. Os estratos distiguem-se por caracteristicas, como a cor e a textura, e reflectem as alterações ocorridas na Terra durante a sua formãção. Uma sucessão de estratos designa-se sequência estratigráfica.

As fácies de um estrato sedimentar é dada pelo conjunto de caracteristicas litológicas desse estrato e pelo seu conteúdo em fósseis. A fácies dos estratos reflecte o ambiente sedimentar que esteve presente aquando da sua formação.

Este quadro resume os principais tipos de ambientes sedimentares:


A fácies estratigráfica permite conhecer e interpretar os ambientes do passado, ou paleoambientes, por comparação com os ambientes actuais que dão origem a uma fácies semelhante. Esta interpretação baseia-se no principio do actualismo.


Outros principios simples são utilizados para interpretar os estratos sedimentares. Esses principiospermitem proceder à datação relativa das rochas e à ordenação cronológica de aontecimentos geológicos e de formas de vida do passado. Entre os principios da estratigrafia destacam-se:


-Principio da sobreposição: Numa sequência de estratos sedimentares não deformados, os estratos mais antigos são os que se localizam por baixo e os mais recentes são os que se localizam por cima.


Se a velocidade e as condições de sedimentação variarem ao longo do tempo, pode mesmo haver periodos de interrupção da sedimentação. Se a sedimentação prossguir forma-se um estrato que assenta numa superficie erodida. Essa superficie representa uma superficie de descontuidade.

Se após a formação da primeira série de estratos a sua posição for alterada por acção de forças tectónicas ou a deposição de outra série de estratos, a superficie de separação das duas séries designa-se por discordância angular.

-Principio da continuidade lateral: Um estrato sedimentar permanece lateralmente igual a si próprio ou varia de um modo contínuo.

-Principio da identidade paleontológica: Estratos que apresentam o mesmo tipo de fósseis são da mesma idade.

-Principio da intersecção: Uma estrutura geológica que intersecta outra é mais recente do que esta.

-Principio da inclusão: Fragmentos de rochas incluidas ou incorporadas noutra rocha são mais antigos do que a rocha que os contém.

domingo, 8 de março de 2009

As rochas sedimentares

Rochas biogénicas
Os sediment0s que compõem as rochas biogénicas podem ser constituidas por dedritos orgânicos ou por materiais resultantes de uma acção bioquímica. Na Natureza os processos inorgânicos bioquimicos andam ligados e, por isso, alguns autores designam as rochas biogénicas por rochas quimiobiogénicas.O calcário biogénico, forma-se da actividade de organismos vivos. A diminuição da quantidade de dióxido de carbono na água do mar, como resultado da actividade fotossintética do fitoplâncton e das algas, provoca a precipitação do carbonato de cálcio e a formação de calcário.

O calcário conquífero, forma-se a partir da cimentação de conchas que se acumulam em águas pouco profundas, junto á costa. Estas conchas são constituidas por alguns invetebrados marinhos que extraem iões cálcio e carbonato da água do mar. O calcário conquífero tem uma textura detrítica e um grão grosseiro, em que os fragmentos de conchas se reconhecem facilmente.

O calcário recifal, forma-se por acumulação de pólipos de corais.

Informações retiradas do site netxplica.


O carvão, até certo ponto da sua evolução, é considerado uma rocha sedimentar combustível formada a partir de material vegetal que não foi completamente decomposto e que se encontra em diferentes estados de conservação.


O material a partir do qual se forma a turfa tem origem a partir de restos vegetais acumulados em pântanos interiores ou em zonas costeiras pouco profundas e com pouco oxigénio, o que retarda a decomposição por bactérias aeróbias. A evolução do carvão a partir da turfa designa-se incarbonização e processa-se através de estádios de lignite, carvão sub-betuminoso, carvão betuminoso e antracite. A incarbonização é um processo que ocorre durante o afundimento, sob a acção de bactérias anaeróbias, em que os detritos vegetais são transformados, formando uma pasta. À medida que o afundimento prossegue, o aumento da pressão e da temperatura, associado à presença de substâncias tóxicas, resultantes do metabolismo das bactérias, provoca a morte das mesmas. Nestas condições há perda de água e de substâncias voláteis e um enriquecimento de carbono.


Na caracterização dos carvões é vulgar a determinação da relação entre a quantidade de substâncias voláteis e a de carbono total.


O petróleo já foi considerado uma rocha sedimentar biogénica, embora, actualmente, não seja classificado como tal. Forma-se a partir de matéria orgânica de origem aquática, em especial organismos microscópios.


A morte dos organismos aquáticos leva à deposição da matéria orgânica no fundo de um ambiente sedimentar onde sofre decomposição parcial, pelo facto de o ambiente ser anaeróbio ou do ambiente ser rapidamente coberto por sedimentos. A continuação da sedimentação leva ao afundimento da matéria orgânica que é sujeita ao aumento da temperatura e da pressão. Ao longo do tempo, as propriedades físicas e quimicas da matéria orgânica vão sendo alteradas e esta é convertida em hidrocarbonetos liquidos, como o petróleo, e alguns gasosos, como o gás natural.


A evolução descrita ocorre na rocha-mãe que é uma rocha de granulometria fina. A baixa densidade dos hidrocarbonetos faz com que migrem da rocha-mãe, acumulando-se numa rocha-armazém que é porosa permeável, argilosa ou salina, que impede a migração do petróleo até à superficie, mas não o consegue acumular, designando-se rocha-cobertura.

As armadilhas petrolíferas são estruturas geológicas favoráveis à acumulação de petróleo, que impedem a sua migração até à superficie. Assim, o petróleo não é perdido e pode ser explorado de forma rentável. As armadilhas petroliferas podem ser estruturais ou estratigráficas. As primeiras são o resultado de movimentos de origem tectónica, como dobras ou falhas.

As rochas sedimentares

Rochas quimiogénicas
A precipitação de materiais dissolvidos, responsável pela formação das rochas sedimentares quimiogénicas, pode ocorrer devido à evaporação da água ou devido à alteração de condições da solução como, por exemplo, a variação da pressão ou da temperatura.
As rochas formadas por cristais que precipitam durante a evaporação da água têm textura cristalina e designam-se evaporitos, como, por exemplo, o sal-gema e o gesso.
Os calcários são rochas constituidas por calcite, um mineral de carbonato de cálcio. A calcite pode precipitar como resultado de processos inorgânicos ou pela acção de organismos vivos, pelo que existem calcários quimiogénicos, calcários biogéncos e calcários com origem mista.

Evaporitos: Sal-gema:é constituido pelo mineral halite e forma-se por evaporação em lagos salgados ou baías ao longo do oceano.

O sal-gema é pouco denso e muito plástico. Os depósitos de sal-gema quando sob pressão, ascende através de zonas debeis da crosta, formando grandes massas de sal, chamadas domas salinas.


Gesso:é um mineral de sulfato de cálcio, formado pela evaporação de águas salgadas em lagos.

Calcários: Travertino: é um calcário quimiogénico, com textura cristalina, que se forma em grutas.


Calcários de precipitação resultam da precipitação de carbonato de cálcio, devido a processos físico-quimicos, em que a participação bológica pode assumir um papel importante. A precipitação pode ser desencadeada pela variação das ondições quimicas da água- nomeadamente na diminuição do seu teor em dióxido de carbono, como é o caso da calcite que constitui o calcário, pelo que é designada por rocha de precipitação.

sábado, 7 de março de 2009

As rochas sedimentares

Consideram-se três grupos de rochas sedimentares, de acordo com a origem dos materiais que as constituem.

Rochas sedimentares detríticas-são constituidas por sedimentos sólidos (detritos) de outras rochas.
Rochas sedimentares quimiogénicas-formam-se por precipitação quimica de minerais m solução.
Rochas sedimentares biogénicas-resultam da consolidaçãode restos de seres vivos.





Rochas sedimentares dedríticas
As rochas sediementares detríticas podem ser não consolidadas ou consolidadas. As primeiras são formadas por sedimentos soltos e as segundas são formadas por sedimentos unidos por um cimento. O quadro seguinte refere os principais tipos de rochas sedimentares detriticas:


As rochas conglomeráticas são constituidas por detritos cujas dimensões são superiores a 2mm. Os detritos de maiores dimensões são fragmentos de rochas constituidos por vários minerais. Os de dimensões mais pequenas podem ser constituidas por um unico mineral.

Rochas areníticas são rochas desagregadas que podem ser observadas em diferentes ambientes: rios, praias, nas dunas e nos desertos. Atendendo à sua composição e ao aspecto que apresentam, as areias podem dar muitas indicações sobre a fonte dos materiais que as constituem e sobre as condições ambientais em que se formaram.

As areias podem ser cimentadas por precipitação de substâncias dissolvidas nas águas. Formam-se assim os arenitos, também chamados, por vezes, grés.

Rochas sílticas são constituidas por particulas com dimensões compreendidas entre 1/16 e 1/256 mm.

Rochas argilosas são constituidas por materiais cujas dimensões são inferiores a 1/256/, predominado os minerais de argila resultantes da meteorização quimica de vários minerais. As particulas argilosas são transportadas pelas águas de escorrência e pelos cursos de água. Podem depositar-se em várias zonas, como junto da foz dos rios ou mesmo levados para o mar, onde formam depósitos que depois evoluem para rochas argilosas. Quando as argilas ficam submetidas à compressão provocada pelo peso das camadas suprajacentes, tornam-se sucessivamente mais coerentes e compactas, sendo designadas por argilitos.

As rochas argilosas raramente são puras, apresentando diversos minerais associados, que incluem particulas finissimas de feldspatos, de micas e até de quartzo. Quando são puras, são brancas, desigando-se por caulino. As finissimas particulas que constituem as argilas aumentam de volume ao absorverem águ, fazendo desaparecer os minusculos intersticios que existem entre elas. Se as argilas ficam saturadas, tornam-se impermeáveis. Quando vasas argilosas impregnadas de água ficam expostas ao ar seco, a água evapora-se e essas formações aparecem fendilhadas, formandofendas de dessecação.