sábado, 28 de março de 2009

Formação de minerais
Todos os processos de cristalização realizados começam por desagregar as substâncias nas suas partículas constituintes, aquecendo ou dissolvendo, para que essas partículas possam movimentar-se livremente no espaço.
O movimento das partículas depende não só das condições inerentes à própria natureza das substâncias que cristalizam mas também de factores externos.
Os principais factores externos que condicionam a formação de cristais são: agitação do meio em que se formam; o tempo; o espaço disponível; e a temperatura. Quanto mais calmo estiver o meio, quanto mais lento for o processo e quanto maior for o espaço disponível, mais desenvolvidos e perfeitos são os cristais obtidos.
A forma dos cristais é dependente das condições envolventes, mas a estrutura cristalina é constante e independente dessas condições.A estrutura cristalina é formada por fiadas de partículas ordenadas ritmicamente segundo direcções do espaço. Essas fiadas definem uma rede em que existem unidades de forma paralelepipédica que constituem a malha elementar.


A estrutura cristalina implica uma disposição ordenada dos átomos ou iões, que formam uma rede tridimensional que segue um modelo geométrico regular e característico de cada espécie mineral. A interacção das partículas tende a criar uma estrutura ordenada em que as ligações entre elas sejam tão numerosas e fortes quanto possível.
Nos cristais, cada partícula é um átomo que ocupa uma posição de modo a ordenar-se no espaço segundo uma rede própria, ficando depois a oscilar em torno da sua posição de equilíbrio.

Propriedades como a clivagem, condutibilidade calorífica e mesmo as diferenças de dureza verificadas em diferentes direcções numa mesma face de um cristal são facilmente explicadas à luz da teoria reticular. Essas propriedades dependem das forças que ligam as partículas entre si. Um mineral cliva mais facilmente segundo planos ligados por forças mais fracas e estes são sempre paralelos uns aos outros.
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O estado cristalino constitui a organização normal de todos os corpos sólidos, desde que as condições que as condições ambientais o propiciem.
Por vezes, as partículas não chegam a ocupar posições apropriadas de um arranjo regular, ou seja, não chegam a atingir o estado cristalino. A estrutura fica desordenada, como a dos líquidos. A matéria nestas conduções tem uma estrutura amorfa ou vítrea.

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