sábado, 28 de março de 2009

Diferenciação magmática

A composição do magma, em quase todas as câmaras magmáticas, varia ao longo do tempo. O processo que causa essa variação é a diferenciação magmática. Um dos processos envolvidos na diferenciação magmática é a cristalização fraccionada. Como o magma é formado por uma mistura complexa de substâncias minerais, quando se dá o arrefecimento, minerais começam a cristalizara temperaturas diferentes, numa sequência definida que depende da pressão e da composição do material fundido. A fracção cristalina separa-se do restante líquido, por diferenças de densidade, diferenciação gravítica, deixando um magma residual, de composição diferente do magma original. A sequência termina com a cristalização do quartzo.
Outra causa de diferenciação magmática, esta exterior ao magma, é a assimilação magmática que se explica pelas reacções entre o magma e as rochas envolventes. Se o magma se encontra a uma temperatura superior à do ponto de fusão dos minerais dessas rochas, funde-os e, ao incorporá-los, altera a sua composição.
Imagem retirada do cientic
Segundo Bowen, existem duas séries de reacções que se designam, respectivamente, por série dos minerais ferromagnesianos ou série descontínua e série das plagioclases ou série contínua. Estas séries reflectem fenómenos que ocorrem simultaneamente à medida que a temperatura do magma vai baixando. Durante o arrefecimento do magma, na série descontínua, primeiro formam-se as olivinas, cujo o ponto de fusão mais elevado. Posteriormente cristalizam as piroxenas, depois as anfíbolas e, por fim, a biotite. Simultaneamente, com a cristalização da olivina forma-se a anortite da série contínua. À medida que a temperatura vai diminuindo na rede cristalina da anortite, o cálcio pode ser progressivamente substituído por sódio em todas as proporções, originando a série de plagioclases sucessivamente mais ricas em sódio.

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