sábado, 7 de fevereiro de 2009

Geologia-Ocupação antrópida e problemas de ordenamento

As bacias hidrográficas, as zonas costeiras e as zonas de vertente constituem situações de risco geológico, nas quais uma intervenção qualificada e a adopção de medidas eficazes de ordenamento do território podem contribuir para prevenir acidentes e reduzir perdas materiais e humanas.
O ordenamento do território é entendido como a organização do espaço biofísico, tendo em conta a sua ocupação e utilização de acordo com as capacidades e caracteristicas que apresenta.

Bacias hidrográficas
A água corrente é um dos agentes geológicos mais importantes na erosão, no transporte e na deposição de sedimentos e a sua influência é visivel em, praticamente, todas as paisagens.

Os rios são cursos de água superficiais e largos que podem desaguar noutro rio, lago ou no mar. No perfil de um rio, consideram-se os seguintes elementos:
-Leito do rio: terreno ocupado, normalmente, pelas ágas.
-Leito de cheia:espaço ocupado pelas águas em época de cheias quando a pluviosidade é muito abundante.
-Leito de seca:zona oupada pelas águas, quando a quantidade destas diminui durante o Verão.
-Margens:faixas de terreno contíguas ao leito do rio.



Os rios incluem-se em redes hidrográficas e bacias hidrográficas.
A rede hidrográfica é o conjunto de todos os cursos de água, normalmente confluentes, de uma determinada região. Uma bacia hidrográfica é a área drenada por uma rede hidrográfica.

A actividade geológica de um rio compreende os seguintes processos:

-Erosão, meteorização:remoção de materiais resultantes das rochas do leito do rio e das margens.

-Transporte:deslocamento, pela corrente de água, dos detritos rochosos, removidos pela erosão. A carga de um rio é constituida por materiais dissolvidos, materiais em suspensão e materiais que sofrem tracção no fundo. A tracção pode fazer-se por arrastamento, rolamento ou saltação dos materiaias.

-Sedimentação:deposição dos materiais, quando diminui a capacidade de transporte de um rio. A sedimentação é influenciada pelas dimensões e peso dos detritos e pala velocidade da corrente.

As cheias são fenómenos naturais provocados por precipitação intensa de curta duração, por precipitação muito prolongada ou por fusão de gelo. Durante uma cheia, o excesso de água faz aumentar o caudal dos rios e provoca o extravasamento das águas e a inundação das margens. As cheias têm um grande impacto, quando há ocupação antrópida do leito de cheia. A prevenção de danos materiais e humanos causados pelas cheias pode ser conseguida através das seguintes medidas:

-regulamentação da construção em leitos de cheia e da sua oupação por outras actividades humanas;

-adopção de sistemas de regularização dos cursos de água, como a construção de barragens e de canalizações.

A construção de barragens permite regular o caudal dos rios, o qual varia de acordo com as condições climáticas. A retenção de água na albufeira evita inundações a jusante. As barragens permitem ainda outras utilizações da água, como a produção de energia hidroelóctrica, o abastecimento das populações, as actividades de recreio ou a irrigação de terrenos agrícolas. No entanto, estão associados às barragens os seguintes inpactes negtaivos:

-retenção de sedimentos a montante da barragem, com a redução da carga sólida debitada pelos rios no mar;

-destruição ou desequilibrio dos ecossistemas da zona, pela inundação de áreas anteriormente emersas, e interferência com as migrações de peixes.

Associada à acumulação de sediementos nos rios, como consequência da construção de barragens, floresce a actividade de extracção de inertes. Esta actividade pode ter as seguintes consequências:

-deparecimento de praias fluviais;

-descalçamento de pilares de pontes, podendo originar a sua queda;

-alterações das correntes;

-redução na quantidade de sediementos que chegam ao mar.


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